Sobre Ravil Canetas


Ravil Canetas. Tradição é tradição. Sem a escrita não haveria história.

A empresa Ravil Canetas e Lapiseiras foi fundada em 07 de maio de 1954 em São Paulo.


O nome Ravil vêm da junção de três nomes: Raquel, Villoni e Lúcia.

E atua no ramo  de instrumentos de escrita.

Como canetas tinteiro, esferográficas, lapiseiras, roller ball e outros produtos como acessórios ; vidros de tinta, cargas para esferográficas e roller ball, cartuchos para canetas tinteiro e grafites.

 A empresa tem uma longa história no mercado brasileiro e é reconhecida por sua qualidade e variedade de produtos. Além disso, a Ravil tem como objetivo oferecer soluções de escrita para diversos públicos, que gostam de escrita, por meio de produtos que atendam às suas necessidades e preferências.

Sebastião Martins Vieira e a Ravil Canetas — Uma História Escrita com Paixão

No coração do centro histórico de São Paulo, entre os ecos de passos apressados e os prédios que guardam memórias da cidade, existe uma loja que resiste ao tempo com a mesma elegância de uma assinatura bem traçada: a Ravil Canetas, fundada em 7 de maio de 1954. E por trás dessa vitrine discreta, viveu um homem cuja trajetória se confunde com a própria história da escrita fina no Brasil — Sebastião Martins Vieira, carinhosamente conhecido como Tião.

Sebastião começou sua jornada na Ravil aos 13 anos, apenas um mês após a inauguração da loja. Era um menino simples, que ajudava a sustentar os seis irmãos, mas já demonstrava um olhar atento e mãos cuidadosas — qualidades que o tornariam, décadas depois, um verdadeiro mestre das canetas. Em 1986, deixou de ser funcionário para se tornar proprietário, assumindo o comando com a mesma dedicação que sempre teve.

A Ravil não era apenas uma loja. Era um templo da escrita. Ali, Sebastião restaurava canetas com precisão cirúrgica, aconselhava clientes com gentileza e colecionava histórias como quem coleciona raridades. Sua paixão pelas canetas era tão profunda que ele se tornou uma espécie de arquivo vivo do universo da escrita — respeitado por colecionadores, admirado por concorrentes e amado por clientes.

Com 67 anos de trabalho, Sebastião transformou a Ravil em um símbolo paulistano — um lugar onde cada caneta vendida ou restaurada carregava um pouco da alma de seu dono. E mesmo após sua partida, a memória de Tião permanece viva nas gavetas de madeira, nas vitrines iluminadas e nas palavras que continuam sendo escritas com instrumentos que ele tocou.

A história de Sebastião Martins Vieira e da Ravil Canetas é uma ode ao trabalho honesto, à paixão pelo ofício e à beleza da escrita manual. Em tempos de velocidade digital, ela nos lembra que há valor — e poesia — em cada traço feito à mão.

 Heleninha Vieira — A Guardiã da Ravil Canetas

Em meio às vitrines da tradicional Ravil Canetas, no coração de São Paulo, há uma presença que carrega décadas de dedicação, conhecimento e afeto pela escrita: Heleninha Vieira, nome que ressoa com respeito entre colecionadores, clientes e amantes da papelaria fina.

Heleninha ingressou na Ravil em julho de 1986, ainda jovem, mas já com o olhar atento e a sensibilidade que o ofício exige. Ao lado de seu pai, Sebastião Martins Vieira, ela aprendeu não apenas sobre canetas — mas sobre pessoas, histórias e o valor do trabalho feito com as mãos e o coração. Com o tempo, tornou-se mais do que uma colaboradora: tornou-se parte da alma da loja.

Após o falecimento de Sebastião, Heleninha assumiu a Ravil com firmeza e carinho, mantendo viva a essência da loja fundada em 1954. Sob sua liderança, a Ravil continua sendo um refúgio para quem busca mais do que um instrumento de escrita — busca tradição, qualidade e atendimento humano. Ela conhece cada modelo, cada mecanismo, cada cliente que entra com uma dúvida ou uma lembrança.

Com quase quatro décadas de experiência, Heleninha é hoje uma referência no universo das canetas no Brasil. Sua presença na loja é discreta, mas poderosa. Ela representa a continuidade de um legado, a resistência do comércio afetivo em tempos de impessoalidade, e a beleza de quem escolheu permanecer fiel ao que ama.

Heleninha Vieira não apenas dirige a Ravil — ela a vive. E em cada caneta vendida, restaurada ou aconselhada, há um traço de sua história, escrita com paciência, sabedoria e paixão.